Batalhas de poesia falada que surgiram como forma de expressão artística e resistência social.
Explore a musicalidade da linguagem e as possibilidades expressivas da poesia rimada.
Desenvolva a expressão oral, a interpretação poética e a presença cênica.
Compreensão profunda da literatura e exercício da leitura crítica.
Mergulhe no universo da poesia como forma de expressão sensível, criativa e crítica.
Mergulho na arte poética indígena como forma viva de expressão, resistência e ancestralidade.
Data: 12/08/2025 | Horário: 19:00 às 21:00
Local: Sede da Academia Araçatubense de Letras
Ministrante: Tito Damazo
Uma experiência prática e criativa voltada a participantes interessados em explorar a musicalidade da linguagem e as possibilidades expressivas da poesia rimada.
Tito Damazo — nome literário de Francisco Antônio Ferreira Tito Damazo — é escritor, pesquisador e educador com ampla trajetória na promoção da literatura e da cultura popular brasileira. Graduado em Letras e Pedagogia, é mestre em Literatura Brasileira e doutor em Literaturas de Língua Portuguesa pela UNESP de São José do Rio Preto, com a tese “O canto do povo de um lugar: uma leitura das canções de João do Vale”, em que articula música, literatura e identidade cultural. Iniciou sua carreira docente em Rosana (SP) e fixou-se em Araçatuba, onde foi diretor da Divisão Regional de Ensino (1988–1996) e atuou como professor, coordenador do curso de Letras e diretor da Faculdade de Filosofia no Centro Universitário Toledo (UniToledo). É membro da Academia Araçatubense de Letras e da União Brasileira de Escritores (UBE), além de colaborador ativo da imprensa regional, com crônicas e artigos na Folha da Região. Sua produção destaca-se por entrelaçar literatura, crítica e música popular, em defesa de uma arte comprometida com a voz do povo e suas manifestações culturais.
A Oficina de Rimas é uma experiência prática e criativa voltada a participantes interessados em explorar a musicalidade da linguagem e as possibilidades expressivas da poesia rimada. Ao longo de duas horas, os participantes serão acolhidos em um ambiente colaborativo, onde serão apresentados aos fundamentos da rima — tipos, estruturas e funções dentro do texto poético —, com enfoque especial na criação de versos autorais. A oficina propõe exercícios dinâmicos para desenvolver o ouvido poético, estimular a espontaneidade na escrita e refletir sobre o uso da rima como recurso estético e comunicativo. Ao final, haverá espaço para leitura e compartilhamento das criações, incentivando a escuta mútua e o diálogo entre os estilos individuais. A atividade busca não apenas ensinar técnicas, mas valorizar a expressão subjetiva e o ritmo singular de cada voz poética.
Carlos Eduardo Brefore Pinheiro realizou pesquisa em nível de pós-doutorado, junto ao Departamento de Teoria Literária e Literatura Comparada, da Universidade de São Paulo, sobre a obra de Clarice Lispector, tendo como foco os entrelaçamentos entre literatura e psicanálise. Nessa mesma instituição, adquiriu o título de doutor defendendo tese sobre a obra Tratado geral das grandezas do ínfimo, de Manoel de Barros, posteriormente publicada em forma de livro. É mestre em Teoria da Literatura pela Universidade Estadual Paulista, onde se dedicou a pesquisa a respeito do Livro sobre nada, também do poeta Manoel de Barros. Graduou-se em Letras pelo Centro Universitário Toledo, de Araçatuba-SP. É articulista do jornal Folha da Região, de Araçatuba, com coluna voltada para os estudos literários. Coordenador pedagógico e professor de Literatura no Colégio Geração Raízes, de Araçatuba.
A Oficina de Leitura Crítica é uma vivência literária voltada a estudantes, escritores e demais interessados na compreensão profunda da literatura e no exercício da leitura crítica. Com duração de duas horas, a oficina propõe uma imersão em diversas correntes teóricas da crítica literária — como Fenomenologia, Estética da Recepção, Formalismo, Estruturalismo e Psicanálise —, contextualizando-as historicamente e aplicando-as em leituras orientadas. Durante a atividade, os participantes irão analisar textos literários como “A Noite”, de Guy de Maupassant, e “A Geleia Viva”, de Clarice Lispector, além de trabalhar coletivamente a leitura de “Tragédia Brasileira”, de Manuel Bandeira. A oficina promove ainda momentos de discussão, produção e compartilhamento de interpretações, oferecendo um espaço para o exercício do discernimento estético e do pensamento crítico sobre a obra literária. Com metodologia participativa e acessibilidade garantida por intérprete de Libras, a proposta valoriza a literatura como instrumento de leitura do mundo e de expressão criativa.
Fernanda Gaiotto Machado é escritora, cineasta e produtora cultural, com atuação destacada no audiovisual e na formação de novos escritores. É formada em Letras pela universidade de São Paulo, e realiza projetos culturais voltados a diversas linguagens artísticas. Considera a poesia uma das mais belas e simples expressões criativas. É estudiosa da poesia sufi, e escreve poesia desde criança. Em 2018, idealizou e coordenou o projeto Jovem Escritor, com apoio da Academia Araçatubense de Letras (AAL), incentivando estudantes da rede pública a escreverem e publicarem suas obras — projeto que revelou jovens talentos e teve ampla repercussão. Participa do Grupo Experimental da AAL e contribuiu com a coletânea Experimentânea. É colaboradora da Cia Bom Humor, de Eduardo Amaral, atuando na produção e divulgação de projetos sociais, como a peça Pelo Nosso Amor, voltada a públicos em situação de vulnerabilidade. Além disso, dirige campanhas publicitárias para empresas e assina roteiro, produção e direção da obra Fogo no Canavial.
A Oficina de Criação Poética convida os participantes a mergulharem no universo da poesia como forma de expressão sensível, criativa e crítica. Em duas horas de atividade, os participantes serão conduzidos por reflexões sobre o que é poesia, como ela se manifesta nas diversas vozes e estilos, e de que maneira pode ser construída a partir da observação do cotidiano, da escuta interior e da linguagem figurada. A oficina propõe momentos de leitura inspiradora, troca de experiências e práticas de escrita orientada, estimulando a produção de poemas autorais. Os participantes serão incentivados a experimentar formas livres e estruturadas, brincando com imagens, ritmos e sentidos, e poderão compartilhar suas criações em um espaço acolhedor e de escuta ativa. A atividade é voltada tanto para quem escreve quanto para quem deseja valorizar o potencial poético de cada um.
Marilurdes Campezi é escritora, professora aposentada e uma das fundadoras da Academia Araçatubense de Letras (AAL), instituição à qual dedica sua atuação desde sua criação. Natural de Araçatuba (SP), construiu uma carreira marcada pelo compromisso com a educação e com a promoção da literatura no contexto regional. Sua obra literária transita com sensibilidade entre a poesia, a crítica literária e a literatura infantil, com destaque para a série A Arca da Bicharada, voltada ao público infantojuvenil. Entre seus livros publicados estão Porta-Retrato (1995), pela AAL, e Jogos do Puxa-Puxa (2003), que revelam sua versatilidade e dedicação à formação de novos leitores. Sua escrita reflete o cuidado com a linguagem e a valorização da cultura local, consolidando seu nome como referência na cena literária do interior paulista.
A oficina de declamação tem como objetivo desenvolver a expressão oral, a interpretação poética e a presença cênica dos participantes, por meio da arte de declamar. Ao longo da atividade, os participantes entrarão em contato com diversos estilos de poemas, aprenderão técnicas de respiração, dicção, ritmo e entonação, além de explorar gestos, emoções e recursos de performance para dar vida às palavras. Voltada para iniciantes e entusiastas da literatura e das artes cênicas, a oficina propõe um ambiente criativo e acolhedor, onde cada participante poderá experimentar e aperfeiçoar sua forma única de comunicar sentimentos e ideias por meio da poesia falada.
Luana Clinéia Isidoro Leite, conhecida como Cunhã Pará Potÿ, é uma liderança indígena do tronco Guarani, radicada em Araçatuba (SP), com trajetória marcada pelo fortalecimento da cultura ancestral em contextos urbanos. Enfermeira, assistente social e pós-graduada em Serviço Social na Saúde Pública, é também escritora, contadora de histórias, artesã, cantora e premiada agente cultural. Fundadora da Associação de Artesanato Estação Taveira e integrante da Academia Araçatubense de Letras, atua na valorização das expressões indígenas por meio de oficinas, palestras e exposições. Ganhadora dos prêmios Odette Costa (2015 e 2022), do Prêmio Caingangue (2004) e reconhecida como Mestra da Cultura Popular (Lei Paulo Gustavo – 2023), promove a arte poética e o reencantamento da memória ancestral com sensibilidade, resistência e criatividade.
Nesta oficina de duas horas, conduzida por Luana Clinéia Isidoro Leite – Cunhã Pará Potÿ, liderança indígena Guarani, escritora e arte-educadora, os participantes serão acolhidos em um espaço de escuta sensível e troca de saberes. A atividade propõe um mergulho na arte poética indígena como forma viva de expressão, resistência e ancestralidade, abordando as tradições orais, os modos de narrar e o papel da linguagem na preservação da identidade originária. Durante o encontro, serão discutidas as marcas linguísticas da colonização presentes em muitos textos contemporâneos e como elas contribuem para o apagamento da identidade indígena. A professora irá compartilhar caminhos para a revalorização de termos e expressões alinhados às cosmologias e culturas dos povos originários, orientando como utilizá-los de maneira respeitosa e coerente na produção de textos, poesias e demais criações literárias. Trata-se de uma vivência voltada à descolonização do pensamento e ao fortalecimento das vozes indígenas na literatura, onde o participante poderá aprender e colocar em prática durante a oficina.
Lucas Paulino Lopes é produtor cultural e MC (Mestre de Cerimônias), nascido e criado em Araçatuba (SP). Com 21 anos, iniciou sua trajetória em 2019 na Batalha da Caveira, movimento cultural de referência na região voltado à juventude periférica e à cultura Hip-Hop. Desde 2022, integra a organização do coletivo, atuando na produção dos eventos, gestão de mídias sociais e elaboração de cronogramas. Campeão da batalha no Festival Euphoria (2022), com participação de Djonga, Lucas também representou Araçatuba como MC e produtor na final regional do Circuito Paulista de Batalhas de MCs (2023). No mesmo ano, produziu a primeira batalha de rimas do Sesc Birigui e realizou o 7º aniversário da Batalha da Caveira, que contou com a inédita batalha de trios. Atualmente, segue em atividade como MC e produtor, ampliando suas experiências e desenvolvendo novos projetos na cena cultural independente.
Nesta oficina dinâmica e participativa, o foco será apresentar o universo do slam — batalhas de poesia falada que surgiram como forma de expressão artística e resistência social. A atividade começará com uma contextualização sobre o que é o slam, sua origem, como se estruturam os recitais e competições, e por que ele se tornou uma ferramenta tão poderosa de voz e pertencimento nas periferias e entre coletivos marginalizados. Após essa introdução, os participantes serão convidados a criar uma poesia curta e autoral, com orientação para que se sintam à vontade em experimentar sua escrita e performance. Ao final, haverá um momento de microfone aberto, em que quem desejar poderá recitar sua poesia, compartilhando sua voz em um ambiente acolhedor e criativo. A oficina é um convite à potência da palavra falada, ao corpo como instrumento poético e à força da expressão livre.